Por que dr. K. Sietsma morreu em 1942, no campo de concentração: Dachau
No sábado à noite, dia 31 de janeiro do ano 1942, um pastor na cidade de Amsterdã, chamado C.J. Sikkel está sendo avisado, que um colega dele, o ministro da Palavra K. (Cornélio) Sietsma, pastoreando na “Schinkelkerk” (é o nome do templo), vai ser observado no dia seguinte, ao Domingo, para ver se a coleta anunciada com finalidade a Missão entre os Judeus, vá ser feita ou não.
E naquele domingo de manhã, dia 1 de fevereiro, K. Sietsma prega a Palavra sobre a tentação de Jesus no deserto, pelo diabo (Lucas 4, 1-13). Jesus recusa a tentação para ficar poderoso por meio de adorar ao diabo, radicalmente.
No mesmo culto de fato está sendo coletado pela Missão entre os Judeus. K. Sietsma, tio do meu pai, também ora pela Casa Real, e ele agradece especialmente por nossa Rainha atual, a princesa Beatriz, que no dia anterior, dia 31 de janeiro, tinha completada quatro anos de vida!
No dia seguinte, K. Sietsma é buscado por dois homens do ‘Sicherheitsdient’ (o famoso SD dos Nazis), e fica preso, primeiro em Amsterdã, em seguida no Amersfoort. Ele é acusado de três crimes:
Fazer uma coleta a favor dos Judeus;
Oração pela Casa Real;
Incitação (especialmente através da pregação)
Tanto K. Sietsma, como o conselho da igreja, se defendem contra as acusações. Fica claro que nem a coleta, nem a oração foram iniciativas particulares do dr. Sietsma, mas foram iniciadas pelas igrejas juntas. Em seguida, as primeiras duas acusações são canceladas, mas a terceira fica em vigor. No momento que ele é interrogado, fazem a pergunta se a tentação que Jesus sofreu, à qual nós devemos resistir, pode ser o Nacional Socialismo? Sietsma responde corajosamente que ‘sim’. Por isso fica essa acusação, e ele é condenado ao campo de concentração ‘Dachau’, junto com um colega dele, o Rev. J. Overduin. Em 1943, Overduin é liberado, mas K. Sietsma já faleceu antes.
Conforme o anúncio ele faleceu no dia 7 de Agosto, 1942, na idade de – apenas – 45 anos de vida.
Agradecimento aos meus dois tios Hans e Kees Sietsma (João e Cornélio), pelo relato deles: Relato dos Fatos.
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