2013/02/15

O Papa Bento XVI – quase Deus, mas apenas homem, como nós

Que decisão supreendente do Papa, que ele vai renunciar no fim do mês. Mas também causa perguntas e dúvidas: será que pode? Pode renunciar a um ofício tão importante e até privilegiado? É a posição mais alta na Igreja católica, será que não é um ofício pela vida inteira? Um testemunho que apoia esta opinião é a própria vida do Papa anterior João Paulo II. Ele mostrou ao mundo - continuando no cargo até ao fim da vida dele – que o sofrimento humano faz uma parte essencial da vida do homem e do cristão. Mas o testemunho da Bíblia, a própria Palavra de Deus, não apoia esta opinião, pois a Palavra diz, que o homem não é Deus, e sim menor do que Deus, também quanto à força física (Salmo 8,5 – por um pouco menor do que Deus). O homem, também o cristão, não recebeu de Deus a obrigação para continuar no seu cargo até a morte. Deus é misericordioso. Ele sabe que o homem é fraco. Ele dá o espaço à renúncia. Surpreendente, então, a decisão e o passo do Papa Bento XVI. Ele mostra, enfraquecido, e numa idade avançada, que ele não quer, nem pode ser igual a Deus, nem igual a Jesus (que sim continuou até a morte). Quanto à tarefa do cristão perseguido; a obrigação de ficar fiel até a morte na perseguição, como os mártires ficavam e ficam: claro! Mas isso é outro assunto. Me parece, quanto ao Papa, que o cargo e o peso de tanto pecado, que foi revelado dentro da Igreja católica (o abuso durante tantos anos), se tornou pesado demais para o Papa, que estudou exatamente tanto sobre a vida santa do Senhor Jesus. (Ele até escreveu uma trilogia sobre a vida de Jesus Cristo). ... Pesado demais para se afirmar e dizer: vou continuar até ao fim da minha vida na terra. Ele ficou consciente do fato de não ser Jesus. Ele tinha que admitir: "Não consigo mais. Não posso mais." Honesto, e até: corajoso. Que Deus se compadeça de Joseph (José) Ratzinger

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